A balança comercial brasileira deve registrar um impacto significativo de US$ 42,2 bilhões

 A balança comercial brasileira deve registrar um impacto significativo de US$ 42,2 bilhões ao longo dos 25 anos do contrato de arrendamento portuário. Para avaliar adequadamente a relevância do valor monetário de um lance na definição do vencedor de um leilão para esse tipo de contrato, é essencial compará-lo ao impacto econômico gerado pelo investimento em infraestrutura logística que esses contratos possibilitam. Nesse contexto, o leilão de arrendamento IQI 18 do Porto do Itaqui, no Maranhão, realizado em 27 de julho, foi um bom negócio para o Brasil, sendo arrematado pela Suzano Papel e Celulose com um lance de R$ 100 mil para a parcela de outorga inicial.

Os impactos na balança comercial brasileira, provenientes das exportações de papel e celulose, são estimados em US$ 1,7 bilhão por ano. Ao longo dos 25 anos do contrato, isso totaliza US$ 42,2 bilhões, gerando emprego e renda para milhares de pessoas, aquecendo a economia regional e possibilitando a arrecadação de impostos que contribuirão para a melhoria das condições de vida nos estados do Nordeste.

Esse arrendamento permitirá a complementação das instalações para a exportação de celulose da Suzano, que já expandiu sua capacidade anual de produção para 3,8 milhões de toneladas, com investimentos estimados em R$ 1,1 bilhão nas fábricas de Imperatriz, no Maranhão, e Mucuri, na Bahia. Atualmente, a empresa é capaz de produzir 3,46 milhões de toneladas de celulose, além de 960 mil toneladas da matéria-prima utilizada na fabricação de papel.

A área licitada abrange 53.545 metros quadrados, com um prazo de arrendamento de 25 anos. O valor total estimado do contrato é de R$ 1,617 bilhão, com um arrendamento fixo mensal de R$ 48.520,00 e um arrendamento variável de R$ 1,18 por tonelada. Os investimentos previstos para a área são de R$ 214,8 milhões.

Na área licitada, não há infraestrutura existente. A arrendatária será responsável por implantar instalações de armazenagem de celulose, desenvolver acessos ferroviários e rodoviários a partir da malha existente que chega ao porto, além de construir um novo berço de atracação ao sul do atual Berço 100 (Berço 99). A capacidade máxima de movimentação do terminal é estimada em 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.

O valor do lance da outorga inicial não deve ser analisado apenas em termos financeiros, mas sim em relação ao que ele possibilita em termos de investimentos, considerando os fatores econômicos que cercam o complexo universo da logística portuária e a produção de riquezas associadas.

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